Martin - Ayla - Narração

Martin Gutierrez Fletcher Sáb Jan 17, 2015 5:45 am

Martin ouve aquilo com visível surpresa.

“Como assim? A alma???”

Já se preparava para externar seus questionamentos quando Ayla se dirige a Hilary e a loura respondia. Continuava seus questionamentos internos.

Pelo que tinha aprendido, a alma deveria seguir para o outro mundo, invisível a maioria dos olhos humanos, mas que sabia existir. Lá seguiria para o plano mais apropriado ao seu próprio nível evolutivo e lá viveria. Se fosse suficientemente bom, teria amparo dos bons espíritos e seguiria sua vida no “além”, mas se o espírito estivesse em dívidas com sua própria consciência e com a Lei Divina, então entraria em zonas, muitas vezes chamadas simplesmente de trevas e lá ficaria expurgando tudo o que fosse necessário até que estivesse apto a ter uma nova oportunidade no plano espiritual ou material, através de uma nova encarnação. Mas se aquilo que Ayla lhe dizia fosse verdade… não conseguia nem pensar direito. Intrigado com tudo aquilo, ele questiona Ayla logo após a Brujah perguntar para Andrew pra onde eles iam.

– Mas Ayla, como assim a “alma”? O que isso significa de forma prática??

Estava realmente intrigado.

**Admin** Ter Jan 20, 2015 5:28 pm

Ayla assentiu.

- Ahmed foi uma grande perda... Mas a vida é assim. Só me entristece, algo que com certeza deve tê-lo incomodado muito: não ter conseguido levar a forasteira com ele. Depois de tantos inimigos derrotados, é assim que ele morre...

Ela suspirou, como se sentisse pena de Ahmed. Ao ser questionado, Andrew diz.

- Estamos indo pra casa.

Um pequeno silêncio se instaurou, quebrado pela pergunta de Martin. Ayla parece pensar or um instante, antes de começar a responder.

- A alma é nossa consciência, nossa força de vontade, o que dá as ordens para nossos músculos e ossos mortos. Não é alma no sentido espiritual. E sim a fagulha de vida que se recusa a morrer com o restante do corpo. Talvez, tenha um quê de espiritual, porém, um espírito aleijado, que resiste enquanto o corpo resistir. E que pode ser tomado por outros iguais a nós.

Angel - Hilary Braxton Qua Jan 21, 2015 10:59 am

“E se não fosse o Lasombra me prender com os tentáculos, eu teria levado outros também!” – Pensa Angel, ocultando o que realmente sentia.

Então Andrew diz que estavam indo para casa.

“Casa… minha casa é muito longe daqui… E esses caras, será que vivem todos num mesmo buraco? Não é disso que eu preciso… Mas ele não tinha falado que iríamos “festejar”? Festejar em casa?” – Questionava-se a “forasteira” quando ouve a pergunta do novato para Ayla, por acaso aquele assunto lhe interessava e ela fica prestando atenção no desenrolar daquela conversa. Também queria compreender como era possível que a sua “alma” estivesse habitando o corpo daquela loura vadia.

Martin Gutierrez Fletcher Qua Jan 21, 2015 11:14 am

Martin ouve a resposta de Ayla, mas aquela não era uma resposta esclarecedora, capaz de ir de encontro as suas crenças, mas também, naquela noite estava aprendendo que havia muito mais além do que ele julgava poder existir ou não.

Ele volta a questionar:

– Não sei se compreendo muito bem. Isso vai muito além das minhas crenças. Por exemplo, se a Hilary “tomou” a alma daquela mulher, isso significa que ela não seguiu para o plano espiritual? Ela não tornou-se um espírito?

**Admin** Qui Jan 22, 2015 8:07 am

- Ela não se tornaria um espírito, de um jeito ou de outro. Se a alma de um cainita morto vai para algum lugar, esse lugar é distante de mais para que seus habitantes possam ser chamados de espíritos. Os fantasmas, como sabe, estão bem próximos de nós. Apenas do outro lado do fino, mas onipresente véu que separa as nossas existências. Existem lendas, no entanto, acerca do Clã Giovanni... Já vi um Irmão jurar que eles eram capazes de arrancar a alma de um Vampiro, e deixá-lo vagando por aí como um fantasma. Eu não sei quanto a veracidade disso... No final das contas, é mais seguro presumir que nossas almas simplesmente morrem, quando somos destruídos.

Ayla explica com calma. Angel jamais havia parado pra pensar nessas coisas de alma. Exceto quando as queria dentro de si, e a satisfação que aquilo trazia a ela.

- Agora, aquela mulher está aprisionada dentro de Hilary. Nós não sabemos muito quanto a consciência da pessoa diablerizada.

Martin Gutierrez Fletcher Sáb Jan 31, 2015 1:42 pm

Martin ouve a explicação com alguma perplexidade. Não queria pensar que fosse daquela maneira que Ayla retratava. Não podia ser assim, eles não podiam simplesmente deixar de existir, ao que diz:

– Não sei se posso crer nisso… Deixar de existir… até o inferno parece ser mais reconfortante do que deixar de existir…

Ele então olha para Hilary, e pergunta:

– O que você sente, Hilary? É como se houvesse alguém aprisionado dentro de você?

Angel - Hilary Braxton Sáb Jan 31, 2015 1:50 pm

Seria verdade o que Ayla estava dizendo? Nunca tinha pensado sobre isso antes, mas pensar que ao encontrar a morte-final passaria o resto da vida vagando sem destino ou então deixaria de existir, causa um certo desconforto em Angel, que pensava que iria para o inferno ou, com muita sorte, poderia um dia rever seu amado irmão.

Ela até concordava com o que o novato dizia, devia ser mais divertido estar no inferno causando alguns problemas do que o nada absoluto ou se tornar uma alma penada, mas então o novato se dirige a ela, perguntando como ela se sentia.

“Ora, por todos os infernos! Isso não é da sua conta, intrometido!”

Ela olha para ele de forma séria e responde:

– No dia em que você fizer isso em alguém você vai saber, criança… E não, eu não sinto ninguém dentro de mim, além de mim mesma.

E então se cala, com uma leve preocupação se seria possível sentir a “loura” presa dentro dela e nas implicações que aquilo poderia trazer.

**Admin** Seg Fev 02, 2015 7:03 pm

Diante da resposta de Angel, Ayla dá a ela um olhar mais demorado, mas não diz nada. A mulher então levanta-se, apoiando-s nos brancos da frente da van, parecendo olhar o caminho. O silêncio dos três cainitas do bando era absoluto. Martin teria a impressão de que suas infindáveis dúvidas não seriam sanadas tão cedo. E talvez, houvesse até mesmo a possibilidade de ninguém saber pra onde iam os cainitas mortos.
Aquela atitude de Ayla poderia deixar Angel um tanto intrigada. Teria ela notado um comportamento estranho, que a loira não teria? Angel possuía uma personalidade forte, que facilmente de destacava.

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Continuem no FERRO VELHO

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